Ano: 2009
Diretor: Kenji Nakamura
Estúdio: Toei Animation
País: Japão
Episódios: 11
Duração: 30 min
Gênero: Comédia / Psicológico



Tendo sido criado pela mesma equipe que nos trouxe o excelente Mononoke, o anime tem uma parte visual nada convencional. Ele mistura rotoscopia 3D (procurem na Wikipédia), cenas em live action e, é claro, animação tradicional. Além disso, o anime usa as cores de forma até exagerada, para representar as personagens e situações. Para as atuações reais, foram usados como modelos os próprios dubladores dos personagens e, em certos momentos, o anime troca o rosto do personagem 2D pelo rosto do dublador. O resultado ficou interessante. Também é divertido ver as pessoas não relacionadas com a trama, que são representadas como pessoas de cartolina.
O personagem principal, Irabu, é uma figuraça. Além de ter uma sala e métodos nada convencionais, ele tem a tara de ver pessoas recebendo grandes injeções e faz a sua linda enfermeira Mayumi (cuja voz e corpo são interpretados pela bela Yumi Sugimoto) aplicar uma injeção de vitaminas em todos os seus pacientes. No início parece só "fan-service", mas isso serve à narrativa, pois, após receber a injeção, a cabeça do paciente é trocada pela de um animal que representa sua condição e, sempre que acontece algo relacionado ao problema psicológico do paciente, essa “forma animal” se manifesta. O próprio Irabu tem a sua, uma cabeça de urso, que ele intercala com uma forma jovem e uma forma de criança. Vale lembrar que tudo isso são metáforas visuais, ninguém se transforma no anime.



Mas como nem tudo são rosas, Trapeze tem seus problemas. O principal é o fato de ser um anime que sempre segue uma fórmula. Todo episódio é estruturado da mesma forma. Enquanto isso não é problema durante os episódios mais interessantes e engraçados, em alguns isso é um pouco chato. Outro defeito é não ter nenhuma paciente. Inclusive, pacientes mulheres do livro foram transformadas em pacientes homens no anime. Seria interessante ver como o Irabu trataria uma mulher. Por fim, o último defeito digno de nota do anime é não mostrar nada sobre o Irabu. Com certeza, um cara daqueles tem uma história no mínimo interessante, mas o anime não mostra seu passado ou como é sua vida fora do trabalho.
A parte visual de Trapeze é bastante diferente e pode dar um pouco de trabalho para se acostumar, mas depois é fácil apreciar o trabalho dos animadores. Quem não se espantar com isso, vai encontrar em Trapeze um anime divertido, inteligente e que te faz se sentir bem.
M4rc0 AFRL
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