Alternativos: Fly - O Pequeno Guerreiro
Ano: 1991
Diretor: Nobutaka Nishizawa
Estúdio: Nippon Animation / Toei Animation
País: Japão
Episódios: 46
Duração: 26 min
Gênero: Aventura / Ação / Fantasia





Alguns anos depois, Fly, ainda bebê, aparece boiando num barco nas proximidades da ilha e agora possui um ”avô“ adotivo chamado Brass, um monstro inteligente incumbido por Avan para proteger os monstros da ilha de qualquer mal que viesse (por isso foram ensinadas a ele técnicas de luta e magia) e que agora cuida de Fly. Brass tenta lhe ensinar técnicas de magia, porém Fly não vê muita utilidade naquilo e não se esforça para aprender. Entretanto, o verdadeiro poder de Fly começa a despertar mais tarde, quando ele precisa salvar a princesa Leona (do reino de Papunika), que corria risco de vida enquanto visitava a ilha para a realização de uma determinada missão.
Após isso, Leona pede para que Avan vá até a ilha e faça de Fly um de seus discípulos. É nesse momento que Fly conhece Pop, outro discípulo de Avan que ainda está em fase de conclusão em seu treinamento. Avan começa a ensinar Fly e lhe diz que concluirá o treinamento em uma semana. Mas antes que o treinamento chegasse ao fim, Hadlar aparece na ilha novamente, agora renascido pelo grande rei do mal Vearn, um ser mais poderoso que o próprio Hadlar. Após algumas batalhas, Avan, vendo que Hadlar voltara muito mais poderoso, vê como única solução usar a magia de sacrifício (Megante), porém algo inesperado acontece e Hadlar continua vivo. É nesse momento que a verdadeira aventura e missão de Fly se inicia: vingar o seu mestre Avan, derrotando o Exército do Mal.
Dragon Quest: DnD é uma série bastante conhecida no Brasil mas que é considerado um fracasso em relação ao mangá, tanto é que a série foi concluída antes do verdadeiro final que há no mangá. Menos da metade do conteúdo do mangá foi convertido para anime. Até hoje não se sabe realmente o porquê da série não ter o verdadeiro final, mesmo com o mangá sendo bem vendido no Japão.
A verdade é que o anime tem um bom enredo, com uma história de aventura e magias como no jogo de RPG da Enix, o qual, para quem não sabe, foi o maior concorrente da série Final Fantasy da Square. Porém algumas coisas são meio difíceis de engolir, principalmente na questão ”força“, ”poder“. Em muitos momentos, o tal Exército do Mal não parece ser tão ameaçador assim, afinal sempre andam com uma expressão de desespero e medo nas faces. Além de acabarem sendo derrotados ”facilmente“ no fim de tudo.





Falando ainda dos personagens, vale comentar alguns que são, de fato, fundamentais:
-Pop: Um garoto aprendiz de mago, medroso e egoísta, discípulo de Avan, que com o passar do tempo aprende a dar valor à amizade;
-Maan: Uma garota que passa a fazer parte do grupo de Fly e Pop. É uma menina que sabe dar valor à amizade e é dócil, exceto em relação a Pop, que adora soltar ”gracinhas“. Possui uma arma que dispara magias.
-Leona: Princesa de Papunika, uma jovem sábia que sabe do potencial de Fly e, consequentemente, o ajuda a combater o mal. Seu papel na saga é significante.
Além desses, há outros que são do lado de Fly: Avan, o grande herói; Gome, monstrinho voador que acompanha Fly; Matoriv, um mago que treina Fly e Pop; e os três sábios de Papunika.
No Exército do Mal temos: Hadlar, líder do Exército do Grande Rei Demônio; Crocodine, líder do Batalhão das Feras; Hyunckel (ou Jenki), líder do Batalhão dos Imortais; Flazzard, líder do Batalhão do Fogo e Gelo; Zabuera, líder do Batalhão dos Feiticeiros; Baran, líder do Batalhão dos Super Dragões; Myst-Vearn, líder do Batalhão dos Fantasmas; Kill-Vearn, assassino liderado por Vearn (algo como um ”deus da morte“); Vearn, o grande vilão e líder de todo o Exército do Mal.
Todos os personagens têm características marcantes, exceto Hadlar, que acaba aparentando ser fraco devido às suas atitudes. Algumas questões também ficam na cabeça, como o fato do Exército do Mal parecer ”preguiçoso“ em conquistar o mundo. Eles acabam não demonstrando ter tanta maldade se for levado em conta até que ponto vai a maldade. Acontecem coisas irritantes, como alguns personagens que tinham tudo pra morrer, mas não morrem, provando que essa série sofre de crise existencial: é para um público adulto ou para crianças? Afinal, há uma quantidade considerável de sangue na mesma. E ainda os diálogos, que muitas vezes parecem muito bobos em relação à situação em que os personagens se encontravam.
Ainda há o que falar do traço, que muitos acham parecido com Dragon Ball. Na verdade o desenhista do jogo Dragon Quest é o mesmo de Dragon Ball, mas no anime não é o Akira Toriyama. Usaram um traço parecido, talvez para não perder a essência, contudo o traço é um pouco irregular e peca nas proporções dos personagens, apesar de ser um traço que realmente combina com o clima da série. As músicas com seus tons medievais, ficaram excelentes e causam uma boa imersão no enredo.
Concluindo, Dragon Quest: DnD é um anime com nome de alto nível, mas prova que é melhor seguir no ramo dos videogames mesmo, pois a premissa era boa e no final (rápido e sem emoção) acabou pecando, deixando a pergunta: onde está o resto? Personagens, música e enredo são muito bons, por outro lado a questão da força (ou fraqueza) do mal e as batalhas bisonhas e sem emoção deixaram a desejar, fazendo com que o anime não tivesse uma definição exata de público. Se for assistido por diversão (ou nostalgia para alguns) a série pode se tornar um bom passatempo. E quem quiser algo mais interessante e com uma conclusão, a resposta é: leia o mangá.
Marcos França
cara as batalhas não são bisonhas, é apenas um outro estilo que na época funcionava, os motivos pro cancelamento são outros
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirem relação a arte, o traço é excelente e é sim o de Akira, não sei se teve a supervisão dele, mas é o estilo dele pendendo mais pra Dr. Slump ou DB clássico, mais humorado. A única coisa que não gosto na arte Final dele é da colorização de alguns personagens, achei que as paletas não são tão boas quanto o pb do mangá poderiam estar mais a altura do tom da arte final do Akira Toriyama, a palet ado anime tende a infantilizar em excesso. Quanto a "erros de proporção tsc aff, sério qual anime não tem episódios ou sequências patinho feio é injusto pontuar isso como crítica, definitivamente em DQ ta longe de ter erros frequentes e que interfiram na experiência, mas sim eu acho o mangá mais dinâmico e empolgante principalmente nas sequências de luta, acho que a direção do anime podia ter caprichado mais em alguns episódios e diluído menos, é muita chouriça e por conta disso o anime acabou não sendo finalizado e acabou sendo encurtado...
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