Alternativos: Dot hack//ROOTS
Ano: 2006
Diretor: Koichi Mashimo
Estúdio: Bandai Visual / Bee Train
País: Japão
Episódios: 26
Duração: 25 min
Gênero: Aventura / Drama / Sci-Fi





Porém, era fácil notar que, apesar de tantos OVAs, mangás, livros e afins, a franquia ".hack" possuia apenas uma ”saga“, um espaço de tempo onde tudo o que já tinha sido produzido até então aconteceu e teve seu fim definitivo no anime/mangá ".hack//DUSK".
É justamente nesse ponto que ROOTS se difere, pois este inicia uma nova ”saga“, onde praticamente tudo o que aconteceu anteriormente foi esquecido e anulado, com personagens totalmente novos que desconhecem o que os antigos protagonistas descobriram sobre o MMORPG ”The World“.
Sem mais delongas, vamos ao enredo: Alguns anos depois dos acontecimentos de DUSK, o banco de dados da CC Corp. sofreu um misterioso incêndio, perdendo quase todos os dados do jogo. Para tentar contornar a situação sem perder muito tempo e dinheiro, a CC Corp. compilou os dados que sobraram do The World com outros que seriam de algum outro projeto e remoldou o jogo quase que por inteiro.
E assim nasceu o ”The World R:2“, com um visual e classes extremamente modificados. Porém, o antes ”pacífico e próspero“ The World já não existia mais. Acabou se tornando uma ”utopia de nerds“ (me perdoem pelo termo, mas eu não consegui resistir XD) de vários jogadores inescrupulosos metidos a ”foras-da-lei“. Apesar do enorme acréscimo de jogadores mal-intencionados, ainda existiam os que sabiam se divertir de maneira um pouco mais saudável.
É nesse novo ambiente que um jogador inexperiente cria um personagem chamado Haseo, que acaba sendo enganado e morto no seu primeiro dia de jogo por PKs (Player Killers). Por sorte, um jogador que estava por perto ajudou Haseo, revivendo-o e dizendo palavras que ainda iriam se repetir em sua mente por muito tempo: ”Bem vindo ao [The World]“.
Mais tarde, Haseo aprende que o nome deste indivíduo no jogo é Ovan e acaba por ser convidado para se juntar à sua guilda, ”A Brigada do Crepúsculo“. Seus integrantes são: Sakisaka, um jogador reclamão e meio mal humorado; Tabby, uma personagem com orelhas de gato, exageradamente alegre e carismática, que considera Sakisaka seu mestre; Shino, uma pessoa calma e eficiente que acaba roubando o coração de Haseo.
De todos os integrantes, Shino é quem tem a maior intimidade com Ovan e parece saber quais são seus planos, apesar de nunca revelá-los claramente. Tudo o que o resto do grupo sabe é que a guilda foi feita com a finalidade de encontrar um item que ninguém (exceto Ovan) acredita que existe: a Chave do Crepúsculo. Como se não bastasse, também existe uma outra guilda que se opõe à Brigada por motivos desconhecidos a Haseo.

Está iniciada a trama de .hack//ROOTS que, na verdade, antecede os acontecimentos dos 3 mais novos jogos para PS2 (.hack//G.U).


Essas são as perguntas mais básicas que fazem o espectador continuar assistindo aos episódios para descobrir as respostas.
Apesar de ser boa, a trama de ROOTS é um pouco mais capenga e menos interessante quando comparada à de SIGN, podendo agradar mais aos fãs de longa data da franquia do que aos que nunca tiveram contato com a mesma. Ainda assim, ela continua impressionando com sua capacidade de mostrar que, a princípio, o que parece ser meio bobo é, na verdade, algo muito mais bem pensado e maior. Mas como ROOTS serve mais para promover os jogos com sua continuação, seu enredo é bem menos trabalhado do que o da já dita trilogia de games.
A qualidade de animação continua praticamente igual à de SIGN, apesar de ter sido produzida quatro anos mais tarde (as únicas melhoras são cores um pouco mais bem trabalhadas e um pouco mais de uso de efeitos 3D aqui e ali). A repetição constante de cenários também está de volta, para a infelicidade (ou quem sabe felicidade) dos espectadores.
Por sorte, a qualidade da trilha sonora continua excelente, com músicas em sua maioria compostas pela banda Ali Project (com destaque para a abertura "Silly-Go-Round"), porém a trilha de SIGN ainda é melhor.
A única característica do anime que chega a superar SIGN, de certa forma, são os personagens. O elenco desta fase da série é um pouco mais cativante e bem construído, cada personagem tem seu papel no enredo, mesmo que este não seja lá grande coisa. Nenhum dos personagens é totalmente sub-aproveitado ou inútil para a trama.
Mais uma vez, o enredo não conclui essa nova saga da franquia ".hack//". É preciso jogar os jogos para ter as respostas para todos os mistérios. Ainda assim, ROOTS não é um anime ruim, mas sim, altamente recomendado para os fãs da série. Se você ainda não tiver visto nada sobre ".hack//", sugiro que veja SIGN para ver se este se encaixa em seus gostos. Se acabar te agradando, pode ver ROOTS, pois será diversão garantida ^^.
Lucas Funchal
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