Ano: 2010
Diretor: Yasuhiro Aoki
Estúdio: Studio 4ºC
País: Japão
Episódios: 1
Duração: 11 min
Gênero: Sci-Fi



A animação hospedada no site "Welcome to Tokyo" - http://www.tourism.metro.tokyo.jp/english/welcome/ - possui opção de diversas línguas para assistir um vídeo que tem o fim de conquistar o espectador estrangeiro a visitar a metrópole japonesa. Desta maneira, pretendo estabelecer um critério principal e especial para esta animação: avaliar se a obra cumpre o que se compromete a fazer, seduzir e cativar um turista em potencial, que possivelmente pode vir a visitar a cidade de Tóquio.
O título “Honey Tokyo” já demonstra o quão são afiadas as garras da publicidade: conquistar o espectador estrangeiro com o cacoete americano “honey”, “docinho”, que é utilizado quando tentamos nos referir a alguém por quem temos afeto. Mas esta “jogada de mestre” da publicidade não consegue arrancar nenhum suspiro de um gringo que esteja a procura de um lugar para viajar.
O anime produzido pelo Studio 4ºC poderia realmente nos fazer pensar que, apesar de ser uma propaganda, poderia seguir os passos de outras geniais obras de curta duração, como as coletâneas de curtas “Genius Party” e “Deep Imagination”, mas o Studio 4ºC não consegue. Yasuhiro Aoki, diretor dos animes “Tweeny Bruxas” e “Batman: Gotham Knight”, e também diretor, designer dos personagens e responsável pelo "storyboard" de “Honey Tokyo”, parece ter criado uma animação confusa, mesclando imagens reais e animações, uma tentativa que já se viu aplicada em alguns outros animes, mas que neste se mostrou de muito mau gosto.




Diversos pontos que, em minha opinião, poderiam realmente exaltar a metrópole são deixados de lado. Em certo momento, a felicidade que é tanto tratada parece encontrar-se nas compras, ou nas roupas, e não na tradição japonesa, que é sim apresentada, mas que poderia ter maior destaque. Tanto acredito nisso que o momento em que animação encontra bom ritmo é quando Takeru tenta mostrar a felicidade pra aquela personagem do futuro com figuras e símbolos da tradição japonesa. Neste momento o anime parece engrenar, encontrando um ritmo harmonioso, deixando de lado por alguns instantes aquele ritmo frenético que deixa o espectador atordoado e começa a trazer a paciência da tradição japonesa, o que é muito mais importante.
É triste, mas “Honey Tokyo” não cativa. Parece-me que animação caíra num mal que outra animação brasileira recentemente em cartaz chamada “Brasil Animado” também irá cair, tentar mostrar o Brasil “pra gringo ver”. Mas certamente, graças aos seus poucos minutos de duração, “Honey Tokyo” é uma obra que pode ser vista apesar dos problemas. Afinal, ninguém irá morrer por isso...
Vinícius Chamiço
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