Ano: 2008
Diretor: Takuya Igarashi
Estúdio: BONES
País: Japão
Episódios: 51
Duração: 25 min
Gênero: Ação / Comédia / Mistério





Com um ambiente influenciado por obras de Tim Burton (conhecido por filmes como ”O Estranho Mundo de Jack“, ”A Noiva-Cadáver“, ”Batman: O Retorno“ e ”Os Fantasmas se Divertem“), Soul Eater tem um design bizarro. O Sol tem olhos e ri alto, enquanto a Lua tem um sorriso malicioso, com os dentes e lábios sujos de sangue. A ”Death City“, cidade que se passa a história, é bem ”dark“ e com formato de prédios desalinhados. A fumaça freqüentemente toma forma de caveiras, além de vários objetos terem também esta aparência de caveira, parecendo que é um tipo de moda no local.
No centro de Death City localiza-se a escola de artesões e armas, Shibusen, fundada por um artesão que as pessoas costumam chamar de Shinigami (Deus da Morte), um personagem bizarro que tem um corpo que mais parece um manto flutuante e uma simpática mascara de caveira. Apesar de ser líder do local, ele tem um jeito de falar engraçado, que só ouvindo para saber.
Nessa escola ensinam como caçar bruxas e devoradores de almas humanas. Devorar as almas desses seres é necessário para conseguir o posto de ”Death Scythe“, que é dado para quem devorar 99 almas de seres devoradores de almas humanas e uma alma de bruxa, fato que é deixado de lado logo nos primeiros episódios, para dar lugar a um objetivo mais interessante.
Ao contrario de um ”Death Scythe“, o Kishin é um individuo que busca poder devorando almas humanas, e a Shibusen freqüentemente está atrás desses indivíduos.
A parceria dos personagens é vital, pois há personagens que têm habilidade de se transformar em arma (isso mesmo, ele vira uma arma e o tipo de arma depende da pessoa), e o artesão a usará nas batalhas, sendo fundamental que haja uma afinidade entre o artesão e a arma, além de uma sincronia de onda das almas: caso contrário, o artesão não poderá nem tirar a arma do chão.





Como em vários shounen, sempre precisam aparecer uns vilões à altura dos protagonistas, para que ocorram as lutas longas que os fãs tanto gostam. Geralmente as bruxas são más (com apenas uma exceção) e querem fazer bagunça sem um motivo aparente. São más porque elas são e pronto, não precisa ter motivo, uma tremenda falha de profundidade. Medusa, uma das vilãs principais e síntese do vilão clichê, é má porque ela deve gostar de ser caçada pelos artesões e armas sem ganhar nada com isso.
A porrada gratuita também rola solta. Pessoas que não têm motivo para lutar brigam sem motivos convincentes, como testar força ou porque não sabem conversar mesmo, fato que fica cada vez pior quando a obra vai chegando ao fim, pois resolveram criar um final alternativo, já que o mangá ainda está sendo publicado. E para encaixar no espaço de temporada de um ano na TV japonesa, o final ainda é corrido, deixando um monte de coisas em aberto, personagens que são citados e nunca aparecem e outros que ficam fortes demais sem motivo aparente, já que os personagens principais aparentemente não teriam poder para enfrentar os inimigos mais fortes da história. Mas para acabar com a série logo, eles ficaram fortes do nada.
Ainda há os defeitos naturais da série, como a personagem Blair, que é uma gata que se transforma em humana e só serve para fazer ”fan-service“, ficando pelada ou de biquíni e dando um abraço em um personagem masculino.
A parte sonora cumpre seu papel, não se destacando muito. As dublagens são muito boas, a voz da Maka, por exemplo, é uma voz comum e imperfeita, que não parece ser de locutora de rádio como em varias dublagens por aí, e o dublador do Shinigami pegou bem o jeito do personagem. Black Star também está muito bem representado por sua voz no anime.
Apesar da violência gratuita, Soul Eater é uma boa pedida para os fãs do gênero, com seu visual diferenciado e uma história que começa simples e depois fica densa, adicionando personagens cativantes. Uma obra que agradará pessoas que gostam de animes de lutas, mas não gostam de demora no desenrolar da trama.
Artur Antunes (Ghosturbo)
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