Ano: 2001
Diretor: Shigeru Ueda
Estúdio: XEBEC / Production I.G.
País: Japão
Episódios: 13
Duração: 30 min
Gênero: Aventura / Comédia / Fantasia


Usarei as palavras do narrador do anime para contar a introdução da trama: "Há tempos atrás houve uma grande guerra. Nesta, que mais tarde seria conhecida como ‘Guerra da Aurora’, lutaram entre si os povos de Celestia e Inferia. Ao termino das batalhas, todo o intercâmbio cultural entre esses dois reinos cessou, e é aqui que nos encontramos agora. Existem boatos sobre um possível colapso entre esses dois reinos. Aqueles que vieram para nos salvar são esses jovens desconhecidos."
Quando é dito "colapso entre esses dois reinos", o narrador está falando em um choque entre os dois, literalmente, pois, após a guerra, os dois povos parecem ter sido separados em dois mundos diferentes, no entanto, de acordo fortes rumores, esses dois mundos estão para se chocar fisicamente falando. Esse fenômeno está sendo chamado de "Grand Fall". Então, como em quase todo RPG japonês, um grupo de jovens parte em uma jornada para tentar resolver esse grande problema. Eles são: Reed Hershel, Farah Oesrted, Keel Zeibel e Melody.



O enredo no anime mantém um clima descontraído mais ou menos até o episódio 7. Até este capítulo, pouca coisa de relevância na estória acontece. Mas depois deles o clima de humor cai bastante as coisas sérias finalmente começam a acontecer. Em minha opinião, isso acontece bem tarde, pois o anime possui apenas 13 episódios. Realmente fica meio estranho: na primeira metade da série, apesar dos episódios serem legais e divertidos, o espectador fica com o pensamento de: "poxa, quando será que o enredo vai começar a andar? Já estamos chegando à metade do anime!" e, depois, o anime muda de rumo bruscamente, ficando bastante sério.
Para compensar essa mancada no desenvolvimento da trama, Eternia apresenta personagens muitos legais. Não só o grupo de heróis é bem carismático, como os personagens secundários também são bem interessantes. Mas, ao contrário dos outros games da série Tales - pelos menos o Phantasia e o Symphonia, que foram os que eu joguei -, os personagens aqui não são muito profundos. O que eu não considero uma falha, pois eles ainda são bem bacanas. É melhor vermos uma série com personagens simples, mas devidamente resolvidos, do que uma com personagem que tentam ser profundos, mas acabam falhando e transformando o enredo numa chatice ou num dramalhão de novela da Globo.
Nos quesitos técnicos Eternia é competente. Embora de tenha queda qualidade bem perceptível na dos traços e na animação em alguns episódios, no geral, a qualidade visual é satisfatória. Nela eu destacaria o bom uso das cores. O anime é bastante colorido, entretanto, não chega a ser um carnaval. As cores foram usadas de forma coerente e agradável. O som também é agrada, com uma boa dublagem e trilha sonora. A música "Sora ni Kakeru Hashi" é simplesmente uma das melhores canções de abertura que já ouvi.
Tales of Eternia é um anime que eu recomendaria para os fãs de RPG e de estórias de aventura. Mesmo quem não jogou o game vai poder aproveitar, já que a trama é paralela ao jogo. Apesar de possuir algumas falhas, como no desenvolvimento do enredo, esta é uma série que vale a pena ser conferida.
André Pequeno
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