Alternativos: Densetsu no Yuusha no Densetsu, Denyuuden
Ano: 2010
Estúdio: ZEXCS
Diretor: Itsuro Kawashi
País: Japão
Episódios: 24
Duração: 24 minutos
Gênero: Drama/Comédia/Fantasia/Guerra





Em um mundo fictício, o país de Roland está uma tremenda bagunça. O rei e nobres tiranos governam o povo de maneira opressiva e estão levando o país para o buraco. É nesse país que vive Ryner Lute, um cara que, à primeira vista, parece não passar de um mau aluno preguiçoso e reclamão na Academia Militar Especial de Roland, mas que já foi conhecido como o maior mago do país. O motivo disso é que Ryner é um portador de “Alpha Stigma”, algo que faz com que seus olhos tenham o poder de decifrar qualquer tipo de técnica mágica para uso posterior. Porém, portadores de Alpha Stigma geralmente se descontrolam quando passam por qualquer tipo de choque psicológico, destruindo tudo à sua frente, o que faz com que ele sofra um terrível preconceito, sendo inclusive chamado de monstro.
Na Academia, Ryner conhece o prodígio Sion Astal, que almeja tornar-se o próximo rei de Roland e mudar toda a natureza podre do país. Dito e feito: depois de uma série de acontecimentos, Sion se torna rei, enquanto Ryner é sentenciado à pena de morte e, durante o período em que se encontra na prisão, elabora uma pesquisa sobre as “Relíquias Lendárias”. Depois de ler essa pesquisa, Sion o livra de sua sentença para que viaje em busca dessas relíquias, juntamente com a espadachim Ferris Eris.
O começo do enredo é basicamente isso e, apesar de parecer meio clichê, logo se mostra razoavelmente complexo e recheado de personagens cativantes e muito bem construídos. No entanto, apesar desta observação positiva, LotLH possui problemas de ritmo e falta de um rumo concreto.
O que acontece é que o anime gasta muito tempo construindo as bases da história, algo que com certeza contribui para a monotonia presente em alguns episódios da série. Somos apresentados a muitas explicações entre as relações/conflitos políticos dos diferentes reinos (apesar de quase a história inteira se passar em Roland) e várias sub-tramas de diferentes personagens, enquanto o suposto essencial da história (a jornada de Ryner e Ferris em busca das relíquias) parece nunca andar pra frente. Ryner e Ferris simplesmente não fazem progresso nenhum durante metade da série, chegando num ponto em que as tais relíquias lendárias não passam de um elemento em segundo plano na história.



A animação é mediana na maior parte do tempo, mas em alguns episódios a qualidade cai drasticamente, mostrando que o orçamento do anime não era lá essas coisas, além de uma certa instabilidade geral para com a proporção e detalhe dos rostos. O design de personagens é bom o suficiente, porém alguns personagens são muito parecidos ou praticamente iguais. A ambientação em geral é bem básica, não saindo muito dos cenários padrões de “fantasia medieval”.
A trilha sonora não chega a empolgar muito, seja nas músicas de fundo ou aberturas/encerramentos (exceto, talvez, pela abertura “Last Inferno”). Não é que sejam ruins, apenas fazem seu trabalho. Os dois encerramentos, inclusive, parecem ser quase iguais aos meus ouvidos.
Lá para o fim da série, os acontecimentos finalmente vão se tornando cada vez mais interessantes e tudo culmina em um ótimo clímax para... de repente, acabar. Acontece que, depois de pesquisar, descobri que LotLH é na verdade um enorme prólogo para sua continuação, “Legend of the Great Heroes of Legend” (nome desnecessariamente grande, não?), logo o último episódio praticamente implora por uma continuação.
No fim das contas, Legend of the Legendary Heroes é um anime muito recompensador caso você esteja disposto a ter alguma paciência para com o ritmo meio descompassado da série. Supondo que esses 24 episódios serviram para preparar o terreno para o que vem em seguida, basta ter a esperança de que uma continuação animada surja algum dia.
Lucas Funchal
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